Quando eu escrevi Medicina, tatuagem, dor e arrependimento, alguns leitores me procuraram para perguntar:
“Então, como eu vou escolher qual curso fazer? Se você fala que não se deve escolher por gosto ou por medo de um futuro insatisfatório, como fazer essa escolha, já que ela deve ser feita de alguma forma?”.
E eu não tinha uma resposta para isso. Eu tentei achar, pensei bastante, cheguei até a escrever outro texto tentando elaborar algo, mas não deu. Eu realmente não sabia (e não sei).
Semana passada vi um vídeo de Gary Vee que fez uma luz acender lá no fundo e eu percebi por quê eu não consegui achar nenhuma resposta.
No vídeo, é isto que Gary Vee diz sobre uma decisão: jogue uma moeda.
Devo fazer medicina ou não? Cara é sim, coroa é não. Apenas jogue a moeda.
As chances de a escolha da moeda ser melhor que a sua própria decisão superpensada e analisada são de 50%. Você não é melhor para fazer as grandes decisões da sua vida do que a moeda.
Literally, just flip a coin.
E você vai ter muito mais tempo livre para fazer coisas que realmente importam, em vez de decidir algo bobo como fazer direito ou engenharia.
Por que não importa se você é bom de matemática ou não, se você escreve bem, se gosta de discutir ou se é apaixonado por pontes. O que vai importar no final são coisas menos intuitivas, que você não conseguirá prever, nem se pensar sobre isso por anos.
Talvez no caminho para a aula de Cálculo I alguém fure o sinal e você morra. Isso não teria acontecido na faculdade de direito.
Talvez o amor de sua vida esteja na aula de Cálculo II, e você nunca o encontrará nos livros de Processo Penal.
A resposta para como tomar essas decisões é simplesmente não tomar.
Just flip a coin.
Muito bom!
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Amei essa reflexão…
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A gente perde tanto tempo tentando analisar todas as variáveis quando é simplesmente impossível analisar todas as variáveis. Mas saber disso não torna menos difícil não se preocupar com elas, infelizmente!
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É impossível. O improtante é buscar o que é significativo, não o que vai te fazer feliz.
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