PÓS-CORAÇÃO
uma joaninha pousou em minha inspiração,
será que ela sabe que meu nome é joão?
antes da palavra chegar ao mundo,
será como que pensávamos em tudo?
é curioso como entendemos o vento,
o som da boca vale mais que os lábios.
troque um sopro de lugar
e o sentido muda de lado.
sinto antes de pensar
ou penso tanto, até sentir?
o coração tem o instrumento.
o cérebro, a letra.
a joaninha é um inseto e o joão, silhueta,
faceta da espécie que destrói o planeta.
a história importa mesmo que você não a conheça.
de protagonista a telespectador,
nosso caminho de quem ganhou o prazer da dor.
se o canto é o que faz as cigarras,
são as palavras que saem de mim
ou sou eu que saio das palavras?
Aneem, que texto mais lindo! Me lembrou MUITO Manoel de Barros em “Menino do Mato”, um dos meus livros favoritos!!
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fico muito feliz que gostou, Nayani! acho que você vai gostar desse aqui também: https://nicolasteixeiracabral.com/2020/04/16/riscos-2/
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esse poema ficou muito brabo.
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Poema maravilhoso! Gosto muito da forma que você escreve João, show!
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