Divagarte-se #8

Clique para ouvir o poema na voz da autora.


Labirinto

Eu sou infinita
Extensa demais
Mas se nada me limita,
Sou eu quem faz
É o medo que me prende no chão,
Mas e se eu quiser voar?

Eu sou correnteza
Intensa demais
Então suprimo a incerteza
E garanto a minha paz
Mas nos poucos momentos em que eu me permito sentir,
Algo me enche, me invade,
E antes que acabe, eu fui inteira

Eu sou arte
Livre demais
Volátil em parte
Estável no mais
Harmônica como uma sinfonia
Incontrolável, todavia
Como um poema de versos livres

Eu sou uma mata
Densa demais
Enorme e farta
E os perigos que traz
E quanto mais eu me adentro, mais me perco
Mas uma hora eu me encontro.

3 comentários em “Divagarte-se #8

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