Clique para ouvir o poema na voz do nosso colega Felippe.
Canto do fim do mundo
Eu sou o guardião da esperança
Desde a criação do mundo
Ainda no escuro
Esperei a mágica da luz se fazer
E, com sede
Contemplei a criação dos mares e dos rios de água doce
Aguardei atento a gênese da beleza
Que se manifestou nas flores
E nos animais silvestres
E até mesmo no sétimo dia
Quando descansavam
Permaneci em vigília
Ansiando pelos crescimento dos homens
Mulheres e seus filhos
Quando o amor emergiu
A esperança, em mim
Nunca é angústia ou desespero
Mas se assemelha à paciência
Dos espíritos antigos
Habituados à solidão
E ao sossego
Eu guardei a esperança
De muitos bilhões de anos
Sem esperar que
No fim de tudo
Encontrasse você
Lindo, Zé
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