Sempre cultivei certo encanto pela língua portuguesa (apesar de dominá-la muito pouco ou, “muito muito” ao meu jeito particular de ser). Acho que o que me chamou a atenção eram as exceções: eram muitos jeitos de ser não sendo, ou sendo mais ou menos. Também gostava demais das regrinhas que nunca saem da cabeça. Principalmente quando se tinha uma excelente professora que inventava milhares de singles para que pudéssemos fixar todo o conteúdo na caixola.
Fato é que sempre cultivei um encanto diferente para o estudo do complemento do sujeito nas orações. Acho também que minha cabeça sempre esteve imersa na complexidade da vida e do sujeito no mundo. Pouco sei sobre gramática, mas sei menos ainda sobre o sujeito e seus complementos — o sujeito sempre tem um complemento?
De fato, é impossível ser sujeito só no mundo.
Gosto do meu complemento família. Gosto do meu complemento drama. Gosto do meu complemento sinceridade. Gosto do meu complemento fidelidade. Gosto do meu complemento inteligência, curiosidade e dedicação. Gosto do meu complemento competitividade. Gosto do meu complemento amizade. Gosto do meu complemento peludo: Chico. Gosto do meu complemento escandaloso: Cacá. Gosto do meu complemento que mais dói: Tipeta. Gostei dos meus complementos: Joãos, Pedros, Gabrieis e suas variações. Gosto do meu complemento entrega. Gosto do meu complemento saudade. Tenho medo do meu complemento futuro. Medo do meu complemento passado.
Amo a dicotomia da vida: a felicidade e a angústia de ser e tomar novos complementos.
O quanto será que vocês, os novos, levarão de mim?

Nossa que texto magnífico!!! Parabéns!!!!
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Muito obrigada!!!
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