Evidentemente é possível questionar os testes de QI. Isto é, eles são válidos? Medem mesmo a inteligência de alguém? Medem apenas um tipo de inteligência em detrimento de outros? É possível um injusto resultado de falso negativo no MENSA? A discussão vai bem mais longe que isso. Mas grosso modo os testes de QI, atualizados e bem aplicados, continuam sendo uma fonte com considerável respaldo para, por exemplo, predizer resultados acadêmicos e profissionais. Em outras palavras, talvez eles apenas valham para inferir o quão ajustado alguém está aos ambientes intelectuais em nossa sociedade. O que não deixa de ter um poderoso efeito preditivo!
Respondo agora à pergunta que é título deste post: de que temos notícia, o brasileiro com mais QI é Fabiano de Abreu[1].
Ele nasceu em Portugal, de mãe brasileira, e escolheu morar no Brasil. Formado em Filosofia, atua como jornalista e consultor. O que de cara já revela um fato curioso sobre a inteligência. É que comumente esse atributo cognitivo é associado à matemática, tendo como portadores eminentemente os físicos, engenheiros e outras figuras “de exatas”. Sabemos, contudo, por estatísticas de testes de QI que os formandos em Filosofia também estariam entre os alunos mais brilhantes das universidades (Mesmo que não sejam social e financeiramente reconhecidos como tal).
Fabiano foi aceito em 2018 na MENSA após fazer o teste de QI e obter 180 pontos. Ok, 180 de QI é muita coisa… MUITA COISA. Pra vocês terem uma ideia, quando fui avaliado, em 2003, me atribuíram um QI de 136. Como a potência cognitiva progride dobrando seu valor inicial básico a cada 10 pontos a mais de QI, então quer dizer que Fabiano poderia aprender em 1 dia o que eu levaria cerca de 1 mês e uma pessoa de inteligência mediana (QI 100) levaria uns 9 meses. Fabiano, em tese, poderia ler uma semana o livro “Fenomenologia do Espírito”, de Hegel, e entender. Livro que levei uns 6 meses para extrair alguma compreensão digna (e ainda hoje duvido se ela foi tão digna assim).
Se você leu, com algum interesse, um post como este, sobre pessoas de alto QI, arrisco dizer que é uma delas. Se for assim mesmo, então bem-vindo ao mundo dos que, comparativamente, se sentem burros diante de pessoas como Fabiano de Abreu. E se você achava que apenas “a turma de Exatas” tem seus gênios, ainda mais lá em startups e laboratórios no mundo anglo-saxão, bom, então bem-vindo à realidade concreta.
O que você acha?