Comecei a atender telemedicina há quase duas semanas. Já fiz dez atendimentos: a grande maioria amigos, familiares ou até conhecidos desejando coisas bem pontuais. Dos dez, apenas um ou outro era uma pessoa desconhecida (e pagante).
Estou gostando bastante, por enquanto. Fazer prontuário, receita, atestado, solicitação de exame etc. de forma eletrônica ainda me dá um pouco mais de trabalho do que tenho fazendo essas coisas pessoalmente. Eu ainda demoro mais para digitar e assinar eletronicamente os documentos do que demoraria escrevendo-os e carimbando-os. Em compensação, não tem trânsito, nem necessidade de alugar um consultório, nem obrigatoriedade de usar calças.
Obs.: eu sempre uso calças quando estou trabalhando. E se não as usasse, não o diria.
Eu me interesso por telemedicina desde antes de me formar, mas demorei um pouco para ter disposição para começar. Os incentivos são poucos: é muito mais rentável para mim fazer um plantão ou até mesmo atender numa clínica particular do que é atender por telemedicina (já que eu não tenho pacientes suficientes dispostos a se consultar comigo no particular, à distância).
Por outro lado, a barreira de entrada também é bem pequena. É fácil começar: basta ter um computador (e um celular, de preferência) com acesso à internet, uma assinatura eletrônica e um software para registrar seus prontuários. É muito mais simples do que abrir um consultório físico.
Comecei utilizando a plataforma iMedicina para cadastrar os pacientes e registrar os prontuários, e uso a Memed para fazer as prescrições. Também estou namorando a Conexa, principalmente interessado em plantões de telemedicina (e não em consultas ambulatoriais).
Minha intenção é trabalhar cada vez mais com telemedicina. Mas por enquanto é apenas uma ou outra consulta, dia sim, dia não, entre dezenas de evoluções na enfermaria e centenas de atendimentos no pronto-socorro.
É só o começo.

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